quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Iluminação automotiva; o que você precisa saber! - Parte I

por Redação


Dos sistemas presentes em um carro, um dos mais importantes é o de iluminação. Da mesma forma que os pneus são os únicos pontos de contato do veículo com o solo (e por isso precisam estar sempre nas melhores condições possíveis), as luzes do automóvel são imprescindíveis para que o motorista enxergue à noite, além de sinalizá-lo para os demais usuários da via, estejam a pé ou não.
Por ser tão importante, é natural que existam muitas dúvidas a respeito de determinados fatores que influenciam direta e indiretamente na eficácia desse sistema, e este artigo visa sanar algumas delas.

Lâmpada halógena de encaixe H7; historicamente um dos mais utilizados em todo o mundo

Especificações

Muitos se perguntam como é possível melhorar a iluminação do veículo; poucos sabem que toda lâmpada possui especificações e medidas próprias que as tornam mais adequadas para determinadas aplicações. De todas as especificações possíveis, nós separamos as mais importantes para você. São elas;

Potência: medida em Watts (W), é ela que determina a "força" da lâmpada, ou falando de forma simplificada, qual a potência da luz emitida e quanta energia consumirá. Por padrão, veículos equipados com lâmpadas halógenas (as famosas "amarelas" de filamento que equipam a grande maioria dos carros) utilizam bulbos de 55 Watts. Instalar lâmpadas mais potentes melhora a iluminação, porém só é permitido para  o uso fora-de-estrada e por veículos com fiação apropriada, pois o calor excessivo gerado pela potência mais alta acarreta danos ao sistema original.

Farol adaptativo de xenon do BMW Série 7 de 2008 (geração F01), montado em projetor de dupla função (luz baixa e alta). A tecnologia das lâmpadas xenon foi introduzida pela marca alemã no começo da década de 90

Coloração: medida em Kelvin (K), ela define a cor da luz emitida pela lâmpada. É uma especificação interessante a ser observada na hora de comprar bulbos novos, pois influencia no visual do carro e também na visibilidade da pista, inclusive em condições adversas de tempo. Lâmpadas com menos Kelvin emitem luz mais amarela e se saem melhor em condições como chuva e neblina (cerca de 2000K a 4000K. As halógenas comuns são feitas para operar em cerca de 3200K; já as superbrancas trabalham de 3700K a 4300K), enquanto que as de luz branca ou azulada possuem mais Kelvin (de 4300K -branco amarelado-, passando pelo 5000K -branco puro-, até cerca de 6000K onde começa o tom azulado). Vale ressaltar que a medida Kelvin não tem ligação alguma com a potência da lâmpada.

Fluxo luminoso: medido em Lúmens (LM), é basicamente a medida de quanta luz é emitida pela lâmpada. Quanto mais lúmens uma lâmpada emitir, mais luz "sai" do bulbo e com maior definição. É essa a medida onde a legislação se baseia para determinar se um veículo precisará utilizar lavadores de faróis e regulagem elétrica de altura do facho ou não; a partir de 2000 lúmens, a presença destes equipamentos é obrigatória.

VW Fusca é um dos modelos vendidos no Brasil que pode vir com xenon de fábrica, mas sem lavadores. Motivo? As lâmpadas utilizadas emitem até 2000 lúmens, dispensando o item

Encaixe: toda lâmpada possui um encaixe exato, de forma a ser posicionada dentro do refletor/projetor para que o feixe de luz seja refletido da maneira mais adequada. Quando o encaixe não é respeitado, a lâmpada pode até acender normalmente, porém a luz será projetada de maneira incorreta e acabará por prejudicar ao invés de ajudar.

A diferença de uma lâmpada mal encaixada e a outra correta. À esquerda, o facho de luz é projetado sem qualquer definição, incomodando quem vem contra; à direita, o facho projetado corretamente (Foto: sweeneyp/HIDPlanet.com)

Na próxima parte do artigo falaremos sobre as fontes luminosas, suas características e cuidados para manter seu sistema de iluminação sempre funcional!

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