quinta-feira, 10 de março de 2022

2022 Fiat Pulse Impetus 1.0 CVT; topa tudo por polêmica

O inédito SUV da marca italiana estreou um novo conjunto mecânico e chegou recheado de tecnologia. Passamos uma semana com a versão top de linha para atestar suas qualidades e defeitos.

Texto e fotos por Yuri Ravitz
Modelo cedido por Stellantis Brasil

Nosso exemplar de teste veio na cor Vermelho Montecarlo que custa R$1.000 à parte.

Não é exagero dizer que o Fiat Pulse foi um dos lançamentos mais aguardados e misteriosos dos últimos tempos no mercado brasileiro. Foram meses e mais meses de testes com protótipos altamente camuflados e muita especulação acerca de tudo, até mesmo sobre qual seria o nome do modelo final que foi decidido pelo público, em um movimento pioneiro no Brasil. O suspense acabou e esse é o inédito SUV compacto da Fiat desenvolvido localmente e pensado para nós.

A marca não gosta quando você lembra, mas o Pulse é um produto derivado do Argo e nasceu para colocá-la no páreo dos SUVs compactos do segundo escalão - aqueles que são menores e mais baratos. Apesar disso, ele chegou em cinco versões bem equipadas e com conjunto mecânico digno dos integrantes do primeiro escalão. A Stellantis nos cedeu um exemplar da versão Impetus, a mais cara de todas, para avaliar por uma semana e atestar suas qualidades e defeitos.

Para-choque traseiro traz imitação de skid plate e de saídas de escape.

Pulsando o sangue da família

O Pulse estreou a plataforma MLA, derivada da base MP1/MPS utilizada pela dupla Argo e Cronos que, por sua vez, é oriunda da arquitetura do Punto brasileiro que deriva da antiga base do Palio. A marca afirma ter adotado 60% de aços de alta resistência e 20% de aços de ultra-alta resistência para deixar o SUV mais seguro, confortável e melhor de dirigir do que os irmãos mais baratos. É possível ver a relação que existe entre Pulse e Argo/Cronos por conta dos detalhes de design, algumas chapas e componentes compartilhados entre eles, mas também é possível perceber que o rodar do pequeno SUV é, de fato, superior ao dos irmãos em termos de conforto.

Também há uma grande semelhança de porte entre eles. Comparado ao Argo, o Pulse tem pouquíssima diferença de tamanho: são 4,09m de comprimento (10cm a mais do que no Argo), 1,77m de largura (5cm a mais), 2,53m de entre-eixos (1cm a mais) e 1,57m de altura (7cm) a mais. Assim como o novo Strada, por fotos, o Pulse parece bem maior e mais robusto do que é de verdade e essa pouca diferença entre os modelos fez o público questionar se a novidade, de fato, pode ser chamada de SUV. Sua primeira aparição oficial foi na edição 2021 do Big Brother Brasil e o nome Pulse foi o vencedor de três que foram votados pelo público geral, através de um hotsite dedicado; as outras opções eram Domo e Tuo.

Pulse pode usar motor aspirado ou turbinado, ambos da família GSE/Firefly.

Antes tarde do que nunca

A gestação foi longa, contudo, ele finalmente chegou. O Pulse estreou o aguardado motor 1.0 turbo flex da família GSE/Firefly, um pequeno bloco de três cilindros, injeção direta e quatro válvulas por cilindro que gera até 130cv e 20,4kgfm quando abastecido com etanol, número que faz dele o mais potente do país, superando o 1.0 TSI da Volkswagen com seus 128cv de pico de potência. Os Pulse mais baratos trabalham com o 1.3 aspirado da família Firefly, mesmo motor disponível no Argo, Cronos e Strada em suas versões mais caras.

Novo também é o câmbio automático do tipo CVT, escolhido para substituir o malfadado Dualogic/GSR automatizado de embreagem única e que estará presente na dupla Argo e Cronos ainda em 2022, já tendo chegado ao novo Strada. Ele conta com a possibilidade de simular sete marchas, permitindo trocas manuais na alavanca ou por paddle-shifters atrás do volante, e um modo Sport que mantém o giro mais elevado para melhorar o desempenho, podendo ser ativado através de um (nada discreto) botão vermelho no raio direito do volante.

Enquanto o exterior deixa claro o parentesco com Argo e Cronos, a cabine se distancia um pouco mais de ambos.

Inspiração do alto

A versão Impetus custa R$123.490 e, tirando o pacote de serviços integrados Connect////Me, não traz nenhum opcional. Sua lista de itens de série contempla: faróis Full LED, quatro airbags, ar condicionado automático, câmera de ré, sensores crepuscular e de chuva, controles de tração e estabilidade, sensores traseiros de estacionamento, chave presencial com partida remota, volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade, carregador de smartphones por indução, entre outros. É uma lista bem parecida com a do Fiat Toro reestilizado para 2022 e contempla uma série de equipamentos ausentes na dupla Argo e Cronos, por exemplo.

Há também o conjunto de assistências avançadas de direção que envolve farol alto automático, assistente de permanência em faixa e frenagem autônoma de emergência, além de equipamentos exclusivos da versão Impetus como o painel de instrumentos digital, faróis de neblina em LED com função de luz de conversão, central multimídia com tela de 10,1" e espelhamento para smartphones sem fio e GPS nativo, retrovisores com rebatimento elétrico e luzes de cortesia, sensores dianteiros de estacionamento, rodas aro 17 diamantadas.

Outro detalhe exclusivo da versão Impetus é que o teto sempre vem, obrigatoriamente, em uma cor diferente da carroceria - seja na cor Preto Vulcano ou Cinza Strato. No geral, o pacote do Pulse top de linha é muito bom e supera o de alguns rivais, porém, deixa certas faltas incompreensíveis como a ausência dos airbags de cortina (que totalizariam seis bolsas), do piloto automático adaptativo e de saídas de ar condicionado para os ocupantes da segunda fila de bancos.

Bancos da versão Impetus são em couro de série e acomodam muito bem.

Impetuosamente racional

Rodamos cerca de 400km ao longo da semana com o Pulse e confesso que a expectativa maior era sobre o conjunto mecânico. Ao dar a partida, o novo 1.0 turbo começa deveras barulhento, porém, logo se "acalma" e passa a se comportar com suavidade, gerando ruídos e vibrações dentro do esperado. Nessa versão, o Pulse pesa 1.237kg, o que é muito para seu porte, mas que o coloca na média dos SUVs compactos e é uma massa com a qual o pequeno bloco turbinado consegue lidar com bastante eficiência. Rodando apenas com gasolina e ar condicionado ligado em 80% do tempo, nossa média geral foi de 13,7km/l, sendo 16,2km/l o pico de economia e 10,6km/l o pico de consumo.

O Firefly turbinado entrega todo seu torque já aos 1.700rpm, o que garante muita esperteza ao Pulse o tempo inteiro e não o deixa parecer "manco" mesmo diante de um câmbio CVT. Falando nisso, é nítido que a Fiat calibrou a transmissão mais para esportividade do que para conforto, pois ela é exageradamente sensível: qualquer toque minimamente mais forte no acelerador já joga os giros para além dos 2.000rpm. É irritante no começo, mas dá para se acostumar conforme dirigimos e nos habituamos com a sensibilidade extrema do pedal. Para quem reclamava do atraso na comunicação do antigo 1.8 E.torQ com a transmissão automática nos Argo e Cronos equipados com esse conjunto, a Fiat foi para o outro extremo com o 1.0T + CVT no Pulse. Não foi dessa vez que a marca encontrou o equilíbrio perfeito.

O Pulse acomoda os ocupantes dianteiros muito bem. Os traseiros já não viajam tão bem.

Apesar disso, o desempenho do conjunto motor + transmissão agradou bastante e mostrou que a Fiat fez a lição de casa, mas o que realmente agradou foi a ergonomia dos bancos dianteiros. Altinhos, eles conseguem passar a sensação de um SUV mesmo em um carro pequeno como o Pulse, deixando o motorista quase que como em uma "cadeirinha" ao estilo das finadas minivans e, além disso, são confortáveis e munidos de encostos de cabeça que realmente podem ser utilizados para repousá-la em viagens longas sem que seja necessário inclinar-se para trás.

O problema começa quando nos acomodamos nos bancos traseiros. Com apenas 1cm a mais de entre-eixos em relação ao Argo e com bancos mais volumosos, o Pulse é bem apertado para quatro adultos mais altos, atendendo apenas passeios curtos ou, no máximo, casais com filhos pequenos. A grande bola fora, entretanto, foi a falta de mais itens de comodidade (só há uma porta USB) e o método que a Fiat usou para fazer o porta-malas parecer maior, aplicando a medição que simula o compartimento cheio por líquido e não por blocos como a grande maioria dos fabricantes usa. Em suma: os 370 litros divulgados pela montadora são nitidamente irreais, pois o compartimento é praticamente o mesmo do Argo e seus 300 litros.

Espaço traseiro é bom para crianças ou adultos de menor estatura, no máximo.

No mais, o Pulse agrada na grande maioria dos quesitos, pecando mais nos detalhes do que nas áreas mais sérias. O carregador de smartphones por indução, por exemplo, não funcionou corretamente em hipótese alguma: poucos segundos após colocarmos o celular, ele logo sinalizava que não podia carregar por conta do aparelho estar fora de posição. Também notamos que o botão de abertura do porta-malas não quis funcionar e o sistema de rebatimento elétrico dos retrovisores junto da trava/destrava da chave funcionou hora sim, hora não. Podem ser pequenas falhas de software ou algo que exija um reparo maior, mas de todo modo, requer atenção da montadora.

Falando do conjunto de suspensão, ele também se mostrou um dos pontos altos do Pulse. O SUV compacto se move com muito conforto e passa pelos defeitos da pista sem reclamar, conseguindo entregar um comportamento dinâmico relativamente bom para sua altura do solo e nos permitindo esquecer que os pneus são de aro 17 e perfil 50, normalmente utilizados em carros "não-SUV". São 19,6cm de vão livre do solo, mais do que os 16,6cm do vão do Nivus, por exemplo, mas menos do que os 22,5cm do C4 Cactus.

Faróis de neblina em LED são exclusivos da versão Impetus e são os mesmos utilizados em Toro e Renegade facelift.

Avaliação geral

Design: o Pulse não é harmonioso como o Argo, contudo, ficou bonito de maneira geral e a versão Impetus ganha mais destaque com as rodas aro 17 exclusivas dela e o teto em cor contrastante. O problema é o excesso de curvas e recortes que foram nitidamente abusados para fazê-lo parecer maior do que é, e as pessoas percebem isso ao ver o carro pessoalmente e notar seu porte diminuto. Nota: 7

Interior: para quem esperava o mesmíssimo interior do Argo, a Fiat surpreendeu. A cabine do Pulse consegue ter personalidade própria e, nessa versão, fica ainda melhor por conta do painel de instrumentos digital. A central multimídia é exageradamente grande para um carro tão pequeno, mas os apliques prateados deixam o ambiente mais interessante visualmente, embora seja tudo no velho e conhecido plástico rígido. Teto e colunas em preto dão um toque especial e as luzes internas em LED agradam. Alguns painéis desalinhados pegaram muito mal. Nota: 6

Mecânica: a Fiat demorou para lançar seu 1.0 turbo, contudo, não decepcionou. O novato casou bem com o Pulse e o leva sem qualquer problema, garantindo uma esperteza que pouquíssimos Fiat menores/mais baratos conheceram e o melhor: consumindo pouco. A nova transmissão também se saiu muito bem e em nada lembra os velhos CVT que irritam ao segurar o giro lá no alto enquanto o carro parece não andar. Freios e suspensão, embora não sejam os mais refinados, também se saíram muito bem, mas o Pulse deveria ser mais leve para seu porte, sinal de que a plataforma MLA não é tão atual quanto a Fiat quer que a gente pense. Nota: 8

Tecnologia: bem equipado desde a versão de entrada, o Pulse surpreende na versão Impetus e deixa pouco espaço para faltas. Apesar de pertencer ao segundo escalão dos SUVs compactos, sua lista é digna dos concorrentes mais caros e é um dos pontos altos do modelo. Não merece nota 10 por causa de algumas faltas que foram, nitidamente, vacilo besta da Fiat. Nota: 9

Conveniência: há três portas USB na cabine, sendo duas para os ocupantes dianteiros (uma do tipo C) e uma para os traseiros. Os retrovisores trazem as úteis luzes de cortesia em LED que mostram onde você está pisando à noite, um pequeno, porém útil mimo que é raríssimo na categoria. A chave é presencial e conta com partida remota, além de abertura e fechamento remoto de janelas. Por fim, o ar condicionado usa de uma solução criativa: o botão de temperatura do sistema também serve para ajustar a ventilação, alternando entre as funções por um simples apertar que muda os LEDs entre branco e vermelho/azul. Não leva 10 porque faltaram as luzes de cortesia para os quebra-sóis e as saídas traseiras de ar condicionado. Nota: 9

Acomodações: os bancos são muito bons e confortáveis, mas só há espaço decente para os ocupantes da frente. O apoio de braço dianteiro é bom e pode ser deslocado horizontalmente, entretanto, deveria ter ajuste de altura para ser perfeito. Há luzes de cortesia em LED na frente e atrás, porém, faltaram as saídas traseiras de ar condicionado para os passageiros da segunda fila. Perderá pontos pelo "truque" da Fiat de mudar a forma de medição para fazer o porta-malas parecer maior na teoria, sendo que o compartimento é nitidamente apenas um pouco maior que o do Argo. Nota: 5

Funcionalidades: os equipamentos do Pulse funcionaram bem na maior parte do tempo, exceto algumas coisas como o carregador de smartphones por indução, por exemplo, que não teria feito diferença se tivesse ficado de fora, pois não funcionou em momento algum. O assistente de farol alto automático também não quis atuar quando solicitado, diferente do assistente de faixas que funcionou muito bem. O sistema de frenagem autônoma de emergência continua fazendo escândalo quando quer funcionar e assusta a todos, mas está mais tolerante (e menos irritante) do que no Toro. Seria melhor se a Fiat nos desse mais controle sobre eles, não ligando o assistente de faixa sozinho toda vez que o carro for ligado e facilitando o acesso ao uso do sistema de frenagem. Nota: 6

Desempenho: o Pulse consegue compensar sua falta de refinamento mecânico com um comportamento geral muito bom. A suspensão traseira é por eixo de torção e só há freios a disco na dianteira, mas nenhum desses aspectos afetou o comportamento do pequeno italiano de maneira significativa. O CVT podia ser menos sensível, porém, sua calibração ficou boa e digna do potencial do novo motor. Há modo Sport para o câmbio, possibilidade de trocas das marchas simuladas na alavanca ou nos paddle-shifters. Muito bom. Nota: 9

Segurança: o Pulse ainda não passou por nenhum crash test, mas conta com boa parte dos recursos de segurança mais atuais presentes nos projetos desenvolvidos recentemente. Merecia freios a disco nas quatro rodas e os airbags de cortina para totalizar seis como seus rivais, porém, a lista atual da versão Impetus não é ruim. A grande incógnita fica para a construção do carro, pois ele é derivado do Argo e, aos que ainda não sabem, o compacto e seu irmão sedan simplesmente zeraram o último teste no Latin NCAP realizado em Dezembro de 2021 com a declaração de estrutura instável pelo órgão. Além disso, a Fiat repetiu o erro do novo Strada de colocar faróis Full LED sem qualquer dispositivo de ajuste de altura do facho, o que faz com que os outros motoristas sejam incomodados caso o Pulse esteja com sua lotação máxima. Por esses pontos e a incógnita, a nota não pode ser melhor nesse momento, mas isso pode mudar caso o modelo se saia bem nos testes de colisão, mostrando que a marca realizou as alterações apropriadas. Nota: 4

Custo X Benefício: pelo preço de R$123.490, o Pulse Impetus é dono de um conjunto mecânico muito eficiente e de uma lista de equipamentos que poucos terão motivos para reclamar. Seu espaço interno limitado o faz uma boa compra para, no máximo, casais com filhos pequenos e seu porte diminuto pouco convenceu ao público sobre ser um "SUV" de fato - apesar disso, ele consegue ser mais SUV do que modelos como o Volkswagen Nivus e o Citroën C4 Cactus, por exemplo, pois sua posição de dirigir é a mais elevada dos três. Andando direito, bebendo pouco e trazendo uma boa lista de equipamentos, o Pulse pode ser considerado uma boa opção de compra para quem não precisa tanto de espaço interno, não se apega a detalhes e não faz questão de saber os resultados dos testes de colisão - embora, por esse último, a gente recomenda fortemente que você se interesse. Nota: 7

Avaliação final: 70/100

Pulse Impetus posando em uma das ruas de Saquarema, no RJ.

Considerações finais

Existem duas formas básicas de se obter sucesso: sendo talentoso ou polêmico. Por conta da demora, a Fiat teve todo o tempo do mundo para desenvolver um produto que se destacasse mais pelo primeiro motivo, mas no final das contas, o Pulse acabou se sobressaindo pelas polêmicas. Da estreia em um reality show, passando pela seleção do nome definitivo até o lançamento do carro real, a trajetória do Pulse ainda é muito curta, porém, já merece seu lugar na história por todo o alvoroço que causou - e ainda causa.

Segundo o INMETRO, o modelo cumpre todos os requisitos que o possibilitam ser chamado de SUV. Segundo o consumidor, só você poderá dizer como prefere enxergá-lo. O fato é que o Pulse veio para colocar a Fiat na acirradíssima briga dos SUVs compactos e acredite: ele tem potencial para alçar voos mais altos, desde que corrija alguns pontos controversos muito elementares e que a marca pare de tentar forçar a barra em certas besteiras, vendendo o produto como o que ele é, não como a imagem que ela tenta passar.

No final das contas, ele veio para mostrar o que a montadora pode fazer e introduzir novidades que já começaram a se estender a outros carros dela. O começo de sua trajetória ainda está tímido, mas esse cenário pode mudar se a Fiat souber trabalhá-lo, aproveitando todas as polêmicas que aconteceram para observar o que o público espera do produto.


Concorrentes diretos (pela categoria SUV compacto): Volkswagen Nivus Highline ou T-Cross 200 TSI, Hyundai Creta Comfort ou Limited, Renault Duster Intense ou Iconic, Citroën C4 Cactus Feel ou Feel Pack, Peugeot 2008 Allure Pack ou Griffe, Nissan Kicks Advance

O modelo avaliado não possui concorrentes indiretos.


Ficha técnica

Motor: 1.0 turbo, 3 cilindros em linha, 12 válvulas, flex
Potência: 130cv (E) / 125cv (G) a 5.750rpm
Torque: 20,4kgfm (E/G) a 1.700rpm
Transmissão: CVT
Tração: dianteira
Suspensão: independente na dianteira, eixo de torção na traseira
Freios: discos ventilados na dianteira, tambores na traseira
Direção: elétrica
Pneus: 205/50 R17
Comprimento: 4,09m
Largura: 1,77m
Entre-eixos: 2,53m
Altura: 1,57m
Peso: 1.237kg
Porta-malas: 320l (medida real aproximada)
Tanque: 47l

0 a 100km/h: 9,8 segundos
Velocidade máxima: 175km/h


Matéria em vídeo



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