Texto e fotos por Yuri Ravitz
Modelo cedido por BYD do Brasil
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O King é oferecido em três opções de cores, todas sem custo. A do nosso carro testado é a Snow White. |
Aqui no Volta Rápida, nós sempre ficamos felizes quando aparece a oportunidade de avaliar um sedan médio, afinal, apesar das inúmeras qualidades desse tipo de veículo, eles estão cada vez mais escassos no mercado automotivo brasileiro por conta da crescente e massiva preferência do consumidor local por utilitários esportivos - os famigerados SUVs. Meses após nosso último contato com um sedan médio (na ocasião, o Nissan Sentra 2025), chegou a hora de conhecermos um novato que já deu muito o que falar e que tem proporcionado dores de cabeça a alguns nomes muito consagrados: o BYD King.
Lançado no Brasil há exatamente um ano (junho de 2024), o King finalmente chegou para nossa avaliação completa e, além disso, ele marca a estreia da BYD como mais uma montadora parceira do Volta Rápida no fornecimento de automóveis para a elaboração dos nossos conteúdos informativos. Ele é oferecido em duas versões: a de entrada GL por R$179.990 e a topo-de-linha GS por R$191.900 (valores segundo a tabela de jun/25). Nós recebemos justamente uma unidade da variante mais cara para conviver diariamente ao longo de uma semana, munida de um conjunto elétrico mais robusto e alguns equipamentos a mais.
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Lanternas trazem elementos incolores que dão um ar futurista e se interligam pela tampa do porta-malas. |
Um rei, um destruidor ou um perseguidor?
Embora a história do King em terras brasilis tenha começado há apenas um ano, sua caminhada lá fora é um pouco mais antiga. O modelo que você vê nas fotos e pode comprar nas lojas é, essencialmente, uma evolução da segunda geração do Qin, apresentada como Qin Pro em 2018; ela deu origem a diferentes derivações do mesmo carro, cada qual com linhas e características tecnológicas próprias de acordo com os gostos locais de cada mercado de atuação.
O nosso King, em outros países, é conhecido como Destroyer 05 ou Chaser 05. Sua estreia global foi no último bimestre de 2021 durante o Guangzhou Auto Show, com as vendas se iniciando na China em março de 2022; ele se baseia na arquitetura DM-i (Dual Mode intelligent), uma evolução do DM original lançado em 2008 que combina um motor a combustão e um conjunto elétrico em veículos de tração unicamente dianteira; sua estreia no Brasil ocorreu no Song Plus no penúltimo bimestre de 2022.
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Motores a gasolina e eletricidade ficam unidos e trabalham em coesão debaixo do capô. |
Na dúvida, fique com ambos
O King vendido no Brasil é equipado com um conjunto híbrido plug-in (PHEV), ou seja, que pode ser recarregado na tomada. O motor a combustão é um 1.5 aspirado de quatro cilindros em linha que gera até 110cv e 13,7kgfm de potência e torque máximos; já o motor elétrico é o principal da arquitetura, entregando até 197cv e 33,1kgfm. Como você já sabe de leituras passadas, nem sempre a potência e o torque máximos combinados são a soma dos picos de entrega de ambos os motores - nesse caso, são 235cv de potência máxima combinada (segundo informado pela própria montadora) e o torque máximo combinado não é divulgado, contudo, acreditamos que seja algo entre 40 e 45kgfm.
Quando você pisa fundo, ambos os motores atuam para levar o King de 0 a 100km/h em 7,3 segundos e a uma velocidade máxima de 185km/h, números excelentes para a categoria e que posicionam o chinês confortavelmente entre os mais rápidos do segmento. A transmissão é do tipo CVT por engrenagens e a bateria é de 18,3kWh, capaz de rodar até 80km em modo somente elétrico de acordo com o Inmetro - como os números do instituto são deveras pessimistas, espere por algo entre 100 e 110km de autonomia na vida real. A marca promete uma autonomia que pode passar dos 1.200km com tanque e bateria cheios, mas isso depende de fatores que falaremos mais adiante.
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Cabine aposta forte em digitalização. Alguns poucos comandos físicos se reúnem no console central. |
Se eles têm, por que eu não?
A BYD não trabalha com opcionais em seu portfólio nacional, o que significa que tudo o que você vê nos carros é de série. O King traz equipamentos como: faróis Full LED por projetores com ajuste elétrico de altura, seis airbags, cluster de instrumentos 100% digital com tela de 8,8", banco do motorista com ajustes elétricos, multimídia de 12,8" com tela giratória, interface Android e espelhamento sem fio, câmeras em 360º com acionamento em movimento, rodas aro 17, sensores dianteiros e traseiros de estacionamento, chave presencial com partida por botão, entre outros. A versão GS, além da bateria maior, acrescenta iluminação ambiente customizável, ajustes elétricos para o banco do passageiro e ar condicionado de duas zonas.
A lista de recursos é muito boa, entretanto, deixou um buraco inexplicável: não há quaisquer recursos semiautônomos de condução como farol alto automático, piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa, entre outros. Nenhum. É um fato curioso porque, além dos principais rivais oferecerem, outros produtos da própria BYD trazem esses itens e até mesmo o King estrageiro (ou seja, os Destroyer 05 e Chaser 05, entre outros) recebe tais assistências; a única explicação plausível é que pode ter sido uma tática para deixar os preços do sedan mais interessantes, especialmente por ele não ser o principal foco da fabricante por hora. O teto solar, presente em unidades de homologação, também não veio no produto final.
Rodamos pouco mais de 700km com o BYD King GS e as expectativas estavam nas alturas, afinal, o rápido contato que tivemos no ano passado com o então recém-lançado Song Pro agradou e mostrou que a montadora tem se preocupado em adequar seus produtos ao gosto do brasileiro - que é drasticamente diferente do gosto chinês. O sedan chino já se tornou figura um tanto frequente nas ruas graças ao bom ritmo de vendas; foram 4.820 unidades comercializadas somente no 2º semestre de 2024 (devido ao lançamento do modelo em junho), mais do que os veteranos VW Jetta (2.814) e Honda Civic (1.677) conseguiram em um ano inteiro, ambos bem mais caros e posicionados como produtos de nicho, mas menos do que o Nissan Sentra (6.013) e o Toyota Corolla com quase 40 mil unidades, os dois no mesmo período. Nesse ano, porém, o King virou o jogo e tem sido o segundo sedan médio mais comercializado do Brasil até agora, atrás apenas do onipotente Corolla.
Olhando por fora, não é difícil entender o motivo do sucesso: o King faz boa presença e aparenta ser mais caro do que é, especialmente por contar com todas as luzes externas em LED, algo que nenhum rival traz. Por dentro, o ambiente "clean" e tecnológico ajuda a dar continuidade na imersão da experiência até o botão cristalizado de partida no console central ser pressionado; como em todo híbrido, o King sempre inicia em modo puramente elétrico e, enquanto houver carga suficiente, seu sistema de gerenciamento priorizará o motor elétrico o máximo possível. Leva algum tempo até se familiarizar com os menus da central multimídia, mas não é nada de outro mundo; o que causa verdadeira estranheza são algumas seções sem tradução ou com estilo português de Portugal (PT-PT ao invés do nosso PT-BR) em diferentes lugares, inclusive no próprio cluster de instrumentos - não é algo grave, porém, não combina com a propaganda do produto e quebra um pouco da imersão inicial.
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São 2,71m de entre-eixos, garantindo espaço adequado a todos. |
Lembra que falamos sobre o motor elétrico ser o principal na arquitetura DM-i? Pois bem: o objetivo da BYD é que você o use o máximo possível, deixando o 1.5 a gasolina somente como gerador de energia ou como auxiliar em acelerações mais vigorosas. Você pode ajustar todo o comportamento do sistema através do multimídia, definindo se a central eletrônica do carro deve guardar a energia elétrica para você usar quando quiser em outro momento (comando SAVE) ou se ela própria deve gerenciar tudo automaticamente de acordo com seu estilo de condução (comando AUTO). Você também pode definir, através de um controle deslizante, o quanto de bateria deseja que o carro mantenha; supondo que você estabeleceu em 45%, por exemplo, use o veículo normalmente em modo elétrico e, quando a bateria chegar nesse nível, o próprio sistema ativará sozinho o motor a combustão para que ele produza energia elétrica, visando manter a bateria no nível de carga que você determinou.
O console central abriga os botões EV e HEV, pelos quais você mesmo pode definir como deseja usar o King. Caso a bateria chegue em 25%, o modo HEV será automaticamente ativado, pois a ideia da arquitetura DM-i é garantir uma reserva de, no mínimo, 25% de carga sempre disponível para que o carro não fique "seco" - quando isso acontece, o modo EV (puramente elétrico) não pode ser ativado e o motor a gasolina trabalha como gerador enquanto o elétrico movimenta tudo. É uma estruturação muito interessante e que pode garantir índices baixíssimos de consumo de combustível, principalmente se você não tiver o pé pesado e se usar o DM-i como a BYD sugere - ou seja, sempre privilegiando o modo 100% elétrico e carregando esporadicamente pela tomada. É possível percorrer algo entre 100 e 120km em modo puramente elétrico sem grandes preocupações e, enquanto houver energia suficiente, você pode usar o King como se fosse um EV puro por quanto tempo quiser, mesmo que seja por semanas.
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Ambiente é sóbrio e aconchegante. Volante traz ajustes de altura e profundidade. |
De maneira geral, a condução do sedan chino é muito satisfatória e em nada lembra os carros chineses de décadas passadas. O fato do motor elétrico ser o principal (e o mais forte) faz com que o King entregue um desempenho superior ao da maioria dos demais automóveis na pista; sobra disposição para se fazer qualquer coisa e as reações são imediatas, sendo que ainda há o 1.5 a gasolina como complemento quando você pisar fundo caso necessário. De igual modo, o acerto dinâmico do três-volumes não deve nada aos seus concorrentes mesmo sem trazer suspensão independente na traseira como eles - mérito das baterias no assoalho que fazem lastro. As rodas de 17 polegadas recebem pneus de perfil 55, mais altos que os perfis 50 da maioria dos rivais, o que se traduz em um rodar macio e sublime na maior parte do tempo; apenas não abuse nas curvas, pois mesmo andando muito, o King não tem qualquer pretensão esportiva, sendo totalmente voltado ao conforto com uma suspensão mais macia.
O cluster digital de instrumentos possui duas visualizações diferentes e pode exibir diversos outros dados, contudo, não há como ver o consumo em km/l (apenas em l/100km ou milhas por galão, comum nos EUA) e a falta de tradução em alguns tópicos atrapalha a compreensão de certas informações. A central multimídia é superior nesse ponto, porém, algumas funções não trazem o pequeno atalho representado por um "i" que explica o que elas fazem, podendo deixar o proprietário confuso; para compensar, é possível configurar quase tudo sobre o comportamento dos recursos do veículo e a BYD tem disponibilizado atualizações remotas (via OTA, over-the-air) periodicamente para corrigir esse tipo de situação; basta conectar a central multimídia do carro a uma rede wi-fi, mandar o sistema procurar por atualizações e deixar que ele as faça sozinho. Por fim, há ainda o recurso V2L (vehicle-to-load) que transforma o King em um "powerbank móvel" para alimentar equipamentos externos.
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Faróis trazem projetores separados para luz baixa e alta, ajuste elétrico de altura e lentes "clear" nos canhões. |
Avaliação geral
Design: o King mistura linhas agressivas e suaves em um conjunto harmonioso e que faz boa presença. Os únicos pecados que o sedan comete nesse aspecto são em algumas peças visivelmente desalinhadas (como a tampa do porta-malas em relação ao restante da carroceria) e as rodas que parecem pequenas demais para a carroceria avantajada. Isso seria facilmente resolvido com alguns centímetros a menos na altura da suspensão e rodas aro 18 ou pneus de perfil mais baixo, mas a BYD não o fez por razões óbvias de não sacrificar o conforto de rodagem - e nós não a condenamos por isso. Entre função e forma, a função vem primeiro. Para finalizar: por que trazer o emblema BYD no topo do porta-malas e repetir as letras BYD ao lado do nome do veículo no canto inferior direito? É "BYD demais" para a mesma peça e não há necessidade disso. Nota: 8
Interior: esse é um dos pontos altos do sedan médio chinês. Todas as quatro portas trazem o mesmo acabamento, contando com superfícies de toque suave em toda a parte superior e na região de contato com o braço. O painel traz uma boa mescla de materiais e a versão GS ainda conta com iluminação ambiente customizável em diversas cores - pena que as portas não receberam as guias de LED para complementar. O revestimento em dois tons é muito bonito, porém, a BYD deveria oferecer uma opção com a cabine totalmente em preto para os que preferem assim, especialmente porque quase todos os outros modelos da marca oferecem mais de um acabamento para o interior. Por fim, as luzes de salão são em LED, mas muito fracas. Nota: 8
Mecânica: a arquitetura DM-i é excelente, pois o fato de priorizar a condução elétrica faz com que o desempenho e o consumo de combustível (quando houver algum) sejam de primeira categoria. Há freios a disco nas quatro rodas, todavia, a suspensão traseira merecia um sistema independente como nos rivais. Nota: 9
Tecnologia: a lista de recursos tecnológicos do King é muito boa mediante o preço de tabela do sedan, principalmente na versão GS, mas a completa ausência de sistemas ADAS é uma desvantagem considerável e pode afastar alguns compradores. Nota: 8
Conveniência: a chave presencial traz abertura e fechamento remoto de janelas, o multimídia pode ser utilizado na horizontal ou na vertical e, como dissemos acima, o King ainda pode servir como gerador de energia para alimentar dispositivos externos - há um cabo dedicado a isso que acompanha o carro no ato da compra. Nota: 10
Acomodações: o volante traz ajustes de altura e profundidade, porém, a amplitude de posições é muito pequena. A versão GS traz ajustes elétricos para ambos os bancos dianteiros, mas não há regulagem lombar ou de inclinação do assento. Apoios de braço na frente e atrás, saídas traseiras de ar condicionado e quatro portas USB garantem que todos tenham conforto nas viagens; só sentimos falta de entradas USB tipo C, pois todas as presentes são do tipo A. Nota: 8
Funcionalidades: os sensores dianteiros de estacionamento não quiseram funcionar em algumas ocasiões - se não fosse a câmera dianteira, não seria possível identificar obstáculos à frente do veículo na hora de estacionar. Também tiraremos um ponto pela falta de uma tradução mais correta e precisa nas interfaces tanto do painel de instrumentos quanto da central multimídia. Fora isso, tudo operou como deveria o tempo inteiro, sem travamentos ou bugs de qualquer espécie. Nota: 8
Desempenho: a condução do King é extremamente dinâmica e esperta, o que torna as viagens muito mais agradáveis porque você sabe que sempre terá força de sobra quando precisar - ultrapassagens, subidas, etc. É uma pena que, com o carro um pouco mais cheio, a suspensão traseira se abaixe ao ponto de fazer o meio da carroceria raspar em quebra-molas, exigindo que esses obstáculos sejam passados na diagonal e em velocidade bastante reduzida. Há um seletor de modos de condução com as opções Eco, Normal e Sport que afetam variados parâmetros (comportamento do conjunto híbrido, peso da direção, respostas do acelerador, etc.) e também é possível regular a intensidade da regeneração de energia - o quanto o carro vai "frear sozinho" quando o acelerador é aliviado. Não chega a ser um one-pedal, mas pode reduzir drasticamente a velocidade sem que seja necessário pisar no freio. Nota: 9
Segurança: a única informação sobre crash test que encontramos a respeito da linha King é de 2018 - o Qin Pro (que é o "King original", por assim dizer) foi avaliado pelo C-NCAP na época e gabaritou o teste. Como o modelo oferecido no Brasil não dispõe de assistências semiautônomas, ele não conseguiria a nota máxima em um eventual teste do Latin NCAP ou algum outro órgão parecido por não atender aos protocolos mais atuais, entretanto, fica a dúvida sobre a qualidade estrutural e o seu desempenho durante um acidente. Os modelos da BYD têm se saído bem nos variados testes que são feitos mundo afora, portanto daremos um voto de confiança, mas atualizaremos a nota quando o King for testado novamente segundo os protocolos mais atuais e a nossa análise dos resultados. Nota: 5
Custo X Benefício: quem compra um veículo híbrido, geralmente o faz por dois motivos principais - experimentar a eletrificação sem partir direto para um produto 100% elétrico e economizar dinheiro reduzindo drasticamente os gastos com combustível, certo? Olhando por essa ótica, o King é a melhor compra entre qualquer um dos sedans médios oferecidos no Brasil hoje, pois seus preços não estão entre os mais altos e, ainda assim, sua experiência eletrificada é a mais convincente por ser o único PHEV da categoria. Por outro lado, se você ainda guarda receios sobre revenda, durabilidade e pós-venda, talvez não seja o modelo mais indicado; ainda é cedo para ter certeza de como os produtos da BYD se sairão nesses tópicos. O fato é que, mediante o que se paga e fazendo uma análise isolada sobre o produto, o King GS se mostra bastante competente e com potencial de incomodar (como já tem feito) nomes mais antigos e solidificados. As questões sobre a performance da marca só poderão ser respondidas com o tempo. Nota: 8
Avaliação final: 81/100
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Luz de ré se abriga na parte inferior do para-choque à direita; na esquerda fica a luz traseira de neblina. |
Considerações finais
Polêmicas à parte, a Build Your Dreams se tornou uma gigante global e tem dado todas as pistas de que veio para ficar. No mês passado, a montadora atingiu a marca de 180 concessionárias oficiais no mercado brasileiro e quer chegar a 272 até o final de 2025, além da fábrica em Camaçari (na Bahia, onde a Ford operava) que deve iniciar suas operações em 2026. Ou seja: as promessas e expectativas são bastante otimistas, porém, novamente caímos na questão do tempo como o único capaz de mostrar se tudo isso, de fato, irá se concretizar. Como sempre, estamos de olho.
O convívio diário com o King foi muito interessante e mostrou que os chineses estão no caminho certo - não é à toa que têm crescido tanto no planeta inteiro. Paralelo a isso, parabenizamos a empresa pela iniciativa de submeter seus veículos aos testes da imprensa, inclusive os cariocas; isso mostra que existe um compromisso real em gerar entendimento no público e, além disso, conhecer as falhas e possíveis pontos de acerto de seus produtos, pois não há outra forma de melhorá-los se não pela troca de experiências, aprendendo de um lado e ensinando do outro.
Motor: 1.5, 4 cilindros em linha, 16 válvulas, gasolina
Potência: 110cv a 6.000rpm
Torque: 13,7kgfm a 4.500rpm
Motor elétrico: 197cv e 33,1kgfm
Bateria: 18,3kWh
Transmissão: automática CVT
Tração: dianteira
Suspensão: independente na dianteira, eixo de torção na traseira
Freios: discos ventilados na dianteira, discos sólidos na traseira
Direção: elétrica
Pneus: 215/55 R17
Comprimento: 4,78m
Largura: 1,83m
Entre-eixos: 2,71m
Altura: 1,49m
Peso: 1.620kg
Porta-malas: 450l
Tanque: 48l
0 a 100km/h: 7,3 segundos
Velocidade máxima: 185km/h
Fotos (clique para ampliar):