Modelo cedido por Stellantis Brasil
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| A cor Azul Amalfi finalmente chegou ao Fastback e custa R$1.990 à parte. |
Passaram-se alguns poucos meses desde o nosso primeiro contato com o inédito sistema eletrificado Bio-Hybrid que a Fiat introduziu no mercado brasileiro - na ocasião, nós testamos a nova tecnologia no Fiat Pulse logo no começo de 2025 e você pode conferir a matéria completa com detalhes e as impressões do uso diário através desse link. Agora chegou a vez de conferir como a arquitetura MHEV da montadora italiana se comporta no Fastback, seu SUV-coupé de pretensões um pouco mais nobres.
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| Painel ficou um pouco melhor com o novo detalhe revestido. |
Mas antes de nos aprofundarmos no tópico da eletrificação, é interessante abordar algumas das novidades que o Fastback recebeu para a linha 2025 como a belíssima tonalidade Azul Amalfi, antes exclusiva do Pulse, além de um novo revestimento de toque macio no aplique central que corta o painel de um lado ao outro para deixar o ambiente um pouco mais caprichado. Nós testamos a versão Audace, intermediária, tabelada atualmente em R$155.990 - exatos 26 mil reais de diferença desde o lançamento em setembro de 2022. Apesar da discrepância de valores, não houve qualquer acréscimo em equipamentos de série.
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| Motor Turbo 200 é o mesmo de sempre, mas com uma leve assistência elétrica. |
O conjunto eletrificado do Fastback Hybrid é o mesmo do Pulse; o motor 1.0 turbo flex de três cilindros gera até 130cv e 20,4kgfm de potência e torque máximos, sendo controlado por uma caixa automática CVT que conta com simulação de sete marchas e, por fim, auxiliado por um pequeno motor elétrico que gera até 4cv de potência e substitui, de uma só vez, o alternador e o motor de arranque. Ele é alimentado por uma pequena bateria de 12 volts que fica imediatamente abaixo do assento do motorista, protegida por uma cobertura plástica.
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| Emblema T200 HYBRID na tampa do porta-malas é a única distinção visual. |
Rodamos mais de 1.200km com o Fastback Audace eletrificado e, logo no ato da retirada do carro, nos foi confirmado que a famigerada atualização para regularizar o funcionamento do sistema híbrido-leve foi efetuada com sucesso, o que aumentou nossas expectativas de ver tudo funcionando na prática. Vamos começar falando dos pontos positivos: o Fastback já tinha se mostrado mais econômico do que o Pulse em testes anteriores nossos (nas versões Impetus e Limited Edition), mas o Hybrid se saiu ainda melhor. Nossa média geral foi de 16,1km/l rodando somente com gasolina, uma boa diferença dos 14km/l cravados que conseguimos com o Pulse Hybrid; além disso, atingimos picos de economia superiores a 21km/l circulando em trecho majoritariamente rodoviário.
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| Bateria do sistema híbrido fica abaixo do banco do motorista. |
Entretanto, apesar da atualização que promete melhorias no sistema híbrido-leve, nós não conseguimos notar nenhuma diferença prática em relação ao Pulse Hybrid que, na época do teste, ainda não tinha sido atualizado. O sistema continua operando da mesma forma: não há nenhuma circunstância onde o motor a combustão seja desligado durante o movimento para poupar combustível, somente nas paradas. Para não dizer que não há impacto algum, é notável que a eletrificação deixa o Turbo 200 trabalhar de forma mais suave em certas circunstâncias, contudo, ainda não é o que se espera de um modelo anunciado como "híbrido", mesmo que leve.
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| Perfil mais aerodinâmico do Fastback favorece o consumo de combustível. |
Falando da versão Audace como um todo, o conjunto agrada pelas rodas de 17 polegadas que deixam o rodar bem mais macio do que os aros 18 e a boa lista de equipamentos, porém, não é infalível: sentimos falta de alguns itens que, considerando o preço de tabela, deveriam estar presentes. O volante traz somente o ajuste de altura (sem profundidade) e algumas falhas no acabamento (como a tampa do porta-luvas visivelmente deslocada) parecem ter passado despercebidas mesmo após os anos de mercado da dupla Pulse e Fastback... e as queixas dos proprietários sobre esse aspecto.
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| Ambiente é bastante "clean" e agradável, sem excessos. |
Ainda assim, de maneira geral, o Fastback continua se mostrando bastante superior ao Pulse. Além da carroceria mais aerodinâmica (o que favorece o consumo), o acabamento interno é ligeiramente melhor e o SUV-coupé traz alguns mimos muito bem-vindos como as saídas traseiras de ar condicionado, o console central elevado e o freio eletrônico de estacionamento. Mesmo leve, a eletrificação também se mostrou superior no Fastback, deixando claro que a compra faz muito sentido se você puder gastar alguns milhares de dinheiros a mais.
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| Painel de instrumentos do Audace é analógico, mas conta com uma tela central com funções variadas. |
Nosso veredito é: não compre o Fastback Hybrid de olho em viver uma experiência eletrificada, pois isso não acontecerá. Por outro lado, se já teve e gostou ou pensava em ter o SUV-coupé italiano por outros atributos, vale a pena fazer um test-drive e conferir as demais novidades que a linha 2025 trouxe, pois o utilitário compacto continua entregando um bom conjunto mediante seu preço e promete um convívio diário agradável. Espaço interno continua não sendo seu forte, porém, tudo funciona como deveria e o "kit dignidade" está todo ali na forma de faróis Full LED, ar digital, multimídia com espelhamento sem fio e paddle-shifters no volante.
