Texto e fotos por Yuri Ravitz
Modelo cedido por Volkswagen do Brasil
Nossa unidade testada veio na cor Azul Dusk. O Cinza Moonstone é a única opção além do azul. |
Os carros no Brasil são caros não apenas pela compra, mas pelo custo de propriedade deles. Paga-se alto para adquirir e para usar, contudo, sempre existe a possibilidade de vendê-los posteriormente para "repor" uma parte dessa grana investida no bem. O que dizer de um modelo que o fabricante oferece unicamente por assinatura, sem nem ao menos dar uma mísera opção de compra ao término do contrato?
É essa a situação da Volkswagen do Brasil com o ID.4 (i-dê-quatro ou ai-di-fór, como quiser chamar), seu primeiro veículo 100% elétrico para os consumidores tupiniquins. Lançado há cerca de um ano por aqui, é oferecido somente pelo plano Sign&Drive e a mensalidade começava em R$9.990, caindo para os R$6.990 do plano mais barato hoje em dia. Avaliamos a novidade por uma semana e mais de 750km.
Embora seja um SUV médio, ID.4 lembra uma perua estilo shooting brake. |
Atrasado e defasado, mas interessante
O ID.4 levou três longos anos para chegar ao Brasil. Apresentado pela primeira vez em 2020, muito de seu design vem do conceito ID. Crozz e, mesmo sendo um veículo de produção, o estilo geral remete a carros-conceito saídos de algum filme de ficção científica. Suas linhas são bem diferentes dos demais Volkswagen à venda no nosso país, o que reforça o ar de novidade e de algo futurista.
Ele foi o segundo produto 100% elétrico da Volkswagen no mercado global, chegando depois do hatchback ID.3. Embora seja lançamento por aqui, a verdade é que o "nosso" ID.4 já está um tanto defasado lá fora: na Alemanha, que é de onde ele chega para nós, as versões comuns do SUV elétrico já contam com um motor atualizado, bem mais forte, além de uma central multimídia mais moderna.
O ID.4 que é disponibilizado no Brasil traz um motor traseiro capaz de gerar até 204cv e 31,6kgfm, alimentado por uma bateria de 77kWh usáveis que garante um 0 a 100km/h em 8,4 segundos e até 370km de autonomia segundo o PBEV/Inmetro, mas que passa dos 500km pelo ciclo WLTP. Lá fora, o SUV elétrico já na linha 2024 adotou um motor mais forte que entrega até 286cv e 55,5kgfm, reduzindo o tempo de 0 a 100km/h para 6,7 segundos; já a bateria é a mesma. No nosso uso, calculamos entre 4,5 a 5,3km gastos por porcentagem da bateria de acordo com a condução, se mais agressiva ou mais calma.
Há ainda uma versão esportiva chamada GTX, dotada de motores em ambos os eixos e tração integral permanente, em um conjunto que despeja até 340cv e 69,2kgfm para ir de 0 a 100km/h em 5,4 segundos, porém, ela deverá passar longe do Brasil. Por hora, a Volkswagen do Brasil não diz absolutamente nada sobre uma possível comercialização do ID.4, portanto, o conjunto atual seguirá em oferta. Na prática, ele não deixa a desejar no uso diário mesmo na estrada, entretanto, é evidente que não tem a mesma "animação" dos rivais mais modernos como o Volvo EX30 e o Renault Megane E-Tech, ambos já avaliados por nós.
Detalhes em branco na cabine só vêm com a carroceria em Azul Dusk. No Cinza Moonstone, tais peças são em preto. |
No mínimo, o máximo
Disponível em uma única versão de acabamento, chamada Pro Performance, o ID.4 chega ao Brasil com pacote fechado de equipamentos, repleto de itens que são opcionais lá fora. Há recursos como: bancos dianteiros elétricos com memória, aquecimento e massagem lombar, faróis adaptativos e direcionais (acompanham o movimento do volante), ar condicionado digital de três zonas, teto panorâmico fixo com cortina, painel de instrumentos 100% digital com tela de 5,3 polegadas, sensores de estacionamento e câmeras em 360º, porta-malas com abertura elétrica e por sensor no para-choque, entre muitos outros.
O conjunto de assistências semiautônomas do IQ.Drive está presente e engloba: piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa, frenagem autônoma de emergência, assistente de saída de vaga e de conversão transversal, monitoramento de pontos cegos, Travel/Front/Park Assist e detector de fadiga do motorista. Por fim, os faróis IQ.Light estão presentes com a tecnologia Matrix, capaz de seccionar o feixe de luz alta dos carros adiante enquanto mantém a iluminação em todo o restante do caminho, fazendo par com as lanternas em efeito 3D.
Bancos dianteiros são completos: há apoio de braço ajustável e individual, aquecimento, ajustes elétricos, duas memórias, massagem e extensor para as pernas. |
Bom demais para ser seu
Rodamos pouco mais de 750km ao longo da semana com o ID.4 e consideramos isso um evento deveras marcante porque, assim como o Fiat 500e que avaliamos há uns meses, o SUV elétrico da Volkswagen é figura raríssima pelas ruas brasileiras. O primeiro contato presencial agrada pela beleza do azul escolhido pela marca e das enormes rodas de 21 polegadas com acabamento diamantado que dão um ar de esportividade - são poucos os carros à venda no país que trazem aros tão grandes ou até maiores. O acabamento interno, inclusive, varia de acordo com a cor externa.
O que causa certa estranheza é o porte do modelo que parece enorme nas fotos, mas se mostra relativamente baixinho ao vivo; é apenas 2cm mais alto do que um T-Cross, porém, é bem mais comprido e acaba parecendo uma espécie de perua aos moldes de um shooting brake. Chama muita atenção e isso se deve tanto pelo fato de ser uma visão rara quanto por elementos como a dianteira toda interligada por LEDs e as lanternas no mesmo estilo, dotadas de placas de iluminação por elemento de superfície, um recurso inédito que estreou justamente no ID.4.
A tecnologia, desenvolvida pela canadense Magna, foi pensada para dar o mesmo efeito visual dos OLEDs a um preço bem mais acessível. Enquanto os LEDs tradicionais são pontos de luz, o sistema de iluminação por elemento de superfície (do inglês Surface Element Lighting) traz placas de 4mm de espessura que distribuem a luz dos LEDs por toda a superfície, resultando em um efeito uniforme exatamente como nos painéis de OLED. No ID.4, essas lanternas acompanham os faróis IQ.Light Matrix e executam animações luminosas que podem ser configuradas pelo multimídia.
No detalhe, as placas do sistema de iluminação por elemento de superfície. |
A chave do ID.4 é bem diferente da peça que a Volkswagen usa há anos em seus carros e é totalmente presencial. Ao se aproximar do veículo, as luzes externas se acendem e os faróis fazem uma varredura do sistema direcional com os projetores "dançando", confirmando que está tudo operante e pronto para o uso; as lanternas, por sua vez, podem fazer duas animações diferentes ou apenas acender, mas todas essas ações podem ser configuradas pelo multimídia; se você quiser que o carro não faça absolutamente nada, é só escolher na central.
As maçanetas se iluminam à noite e contam com botões/sensores para abertura e fechamento. Ao abrir as portas dianteiras, os assentos se recolhem para facilitar a entrada e retomam a posição deixada ao fechar o carro. Já a partida é bem simples: basta pisar no freio e mover o seletor giratório de câmbio à direita do painel de instrumentos para D ou R, ou utilizar o botão na coluna de direção - o ícone READY se acende em verde próximo ao velocímetro e ali continua até o veículo ser desligado. É o mesmo método que a Volvo utiliza em seus carros.
Tela de instrumentos é pequena e configurável: pode exibir GPS e dados sobre a condução atual, além do velocímetro e demais infos relevantes. |
A qualidade da experiência de direção do ID.4 é, sem sombra de dúvidas, seu maior trunfo. O SUV elétrico parece menor e mais leve do que as dimensões sugerem, se movimentando com muita fluidez e agilidade em conjunto com uma direção precisa e uma suspensão adaptativa que pode ser configurada na central multimídia; um seletor horizontal com vários níveis vai do Comfort ao Sport. No Comfort, o ID.4 ajusta os amortecedores para oferecer conforto e os obstáculos da pista são absorvidos quase que totalmente, enquanto o Sport deixa o conjunto todo mais rígido, trocando o conforto pela performance e reduzindo drasticamente a inclinação da carroceria em curvas, ficando quase que nula.
Além disso, ele demonstra sinais de inteligência em diversos recursos. O ar condicionado, por exemplo, só ativa a ventilação e as outras zonas de temperatura se detectar ocupantes nos demais assentos; se o motorista estiver sozinho, o ar funciona somente para ele. Durante a condução, o SUV monitora a presença de outros veículos na pista para auxiliar na redução da velocidade e, quando não está em uso, você pode programá-lo para pré-refrigerar a cabine antes de utilizá-lo, acionando o ar condicionado conforme detecta a proximidade da chave presencial. À noite, a cabine ganha um toque especial com a iluminação ambiente customizável e os faróis direcionais com função Matrix fazem a diferença.
Interior traz porções em "marrom Florence" contrastando com cinza escuro. Assoalho traseiro é plano. |
Os bancos são muito bons e contam com apoios de braço ajustáveis na dianteira, além de um console central que traz porta-copos duplo e duas divisórias que podem ser trocados como você quiser, modulando o espaço para acomodar quase qualquer coisa. Estão presentes as sempre bem-vindas alças de teto que a Volkswagen inexplicavelmente aboliu de seus carros nacionais e o teto panorâmico possui cortina retrátil, podendo ser acionada por um comando touch no console de teto (assim como as luzes de cortesia) ou pela central multimídia.
Mas é claro que, embora seja muito bom, o ID.4 também tem seus defeitos e nem estamos falando do modelo de negócio em si. O carro disponibilizado para o mercado brasileiro, além de não ter português do Brasil (apenas o de Portugal), não possui algumas funcionalidades e apresenta certas mensagens de erro constantes no multimídia: o uso do veículo não é afetado, porém, a presença delas incomoda e deixa a sensação de que estamos esquecendo alguma coisa. A impressão é que a Volkswagen não se preocupou muito com o software de um produto que não pretende vender.
Design: o ID.4 é inegavelmente chamativo e futurista, combinando diferentes elementos que dão um ar de exótico. Vira cabeças por onde passa e faz os passantes das ruas ficarem se perguntando que modelo é esse, porém, o conjunto cru é um pouco inusitado além do ponto - as grandes rodas aro 21 diamantadas e o belo tom de azul da carroceria ajudam a deixar o conjunto bonito, entretanto, ele perde boa parte da graça nas versões de entrada que existem lá fora, deixando claro que fica melhor quando está "arrumadinho". Em suma, ele não chega a ser feio, todavia, não tem a mesma harmonia de alguns concorrentes. Nota: 7
Interior: a cabine do ID.4 busca trazer algo futurista disposto de uma forma tradicional. Alguns elétricos abrem mão do cluster de instrumentos por completo enquanto outros o trazem quase que da mesma forma que os carros convencionais; o ID.4 tem os mostradores, mas em uma tela diminuta que apresenta somente o essencial. O acabamento geral é muito bom e mesmo as superfícies plásticas são de qualidade, entretanto, as portas traseiras são um pouco menos caprichadas sem a parte superior toda macia ao toque e as guias da iluminação ambiente configurável. O que também desagrada é o excesso de digitalização: quase tudo é por comandos touch ao invés de botões físicos, inclusive no volante. Nota: 8
Mecânica: o motor traseiro de 204cv e 31,6kgfm, apesar de defasado, parece até ser mais poderoso pela forma como leva o ID.4 quando é requisitado. Há suspensão independente nas quatro rodas e freios a tambor na traseira, uma tendência que está voltando com força entre carros elétricos porque, segundo os desenvolvedores, apresentam menos resistência de rodagem sem comprometer a eficiência da frenagem quando necessário, o que já foi comprovado em testes práticos onde o ID.4 freou igual ou melhor do que modelos do mesmo segmento com discos nas quatro rodas. Não há como argumentar contra fatos, contudo, tiraremos pontos pelo conjunto estar desatualizado. Nota: 8
Tecnologia: o ID.4 chega ao Brasil com uma lista de itens digna do segmento premium, oferecendo tudo e mais um pouco. Simplesmente não há comparação com outros modelos que seriam de sua faixa de preço e proposta. Nota: 10
Conveniência: a chave presencial conta com abertura e fechamento remoto de janelas, além de possibilitar funções inteligentes que se ativam no carro mediante a proximidade dela. Os quebra-sóis trazem espelho e iluminação, enquanto os retrovisores externos podem ser rebatidos eletricamente e ainda contam com desembaçadores. Há apoios de braço para todos os ocupantes e suporte a comandos de voz para realizar tarefas, embora eles não funcionem plenamente por não estarem no nosso idioma. A presença do carregador doméstico/portátil de série ajuda muito no uso diário, mas o que não ajuda é o fato de haver apenas dois botões na porta do motorista para operar os vidros; quando você, condutor, quiser acionar os vidros traseiros, precisa tocar a seção escrito REAR para ativar a operação deles. Nota: 8
Acomodações: os bancos da frente são dignos de primeira classe, pois trazem aquecimento, apoios de braço individuais e ajustáveis em altura, extensor para as pernas, duas memórias para cada um (sim, até para o do passageiro) e massagem lombar. Há luzes de cortesia para todos, alças de teto, quatro portas USB tipo C e a raríssima terceira zona de temperatura do ar condicionado para os ocupantes traseiros. O vidro do teto panorâmico, apesar de fornecer proteção contra raios UV e o calor do sol, pode ser bloqueado por uma cortina retrátil, algo que muitos elétricos aboliram de seus projetos para a infelicidade de vários clientes. Nota: 10
Funcionalidades: existem algumas pequenas falhas de software que parecem ser puro desleixo da marca - nenhuma delas é séria, mas incomodam um bocado. De vez em quando, a função Matrix dos faróis altos demora a reconhecer os carros adiante e a seccionar o feixe de luz, algo que não aconteceu no Polo GTS, por exemplo. Nem sempre o banco do condutor retorna para a posição deixada após o recolhimento do "acesso conforto", nos obrigando a reajustar ou escolher nosso ajuste em uma das memórias. Fora isso, nenhum dos recursos essenciais para o funcionamento do veículo apresentou falhas e não tivemos problemas ao usá-lo pelas ruas em momento algum. Nota: 8
Desempenho: a condução do ID.4 é, sem exageros, maravilhosa. A suspensão adaptativa é uma característica raríssima e muito bem-vinda por permitir escolher entre conforto e esportividade a qualquer momento que você quiser e na graduação que achar melhor, enquanto o desempenho é bastante satisfatório mesmo com o carro cheio. Não espere perder o fôlego, mas vá para a estrada sabendo que não ficará na mão quando precisar e, quem sabe, até consiga se divertir um bocado; ainda assim, ele deveria receber o novo motor da versão estrangeira para fazer jus ao nome "Pro Performance". Nota: 9
Segurança: o ID.4 foi testado pelo Euro NCAP em 2021 e recebeu as desejadas cinco estrelas da pontuação máxima. Além de dispor de inúmeros recursos de segurança passiva e ativa, o NCAP europeu testou vários desses sistemas e todos receberam avaliação positiva, além da qualidade estrutural ter sido confirmada pela proteção dos dummies (bonecos de teste) que não tiveram nenhuma região do corpo com classificação abaixo de "adequada", a segunda melhor. Nota: 10
Custo X Benefício: é chegado o tópico mais polêmico do ID.4 brasileiro até agora. Atualmente, a Volkswagen o oferece somente por assinatura e pelo período único de 24 meses (dois anos) com três franquias: 1.500km por mês a R$6.990, 2.000km/mês a R$8.490 ou 2.500km/mês a R$8.890. Na prática, ao final de dois anos, você terá gasto de R$167.760 a R$213.360 para usar o SUV elétrico, sendo que não poderá comprá-lo ao final, ou seja: nunca mais verá esse dinheiro. Já é possível adquirir modelos 100% elétricos por esses valores e, apesar de nenhum deles entregar o mesmo nível de tecnologia embarcada, espaço ou conforto do ID.4, a simples possibilidade de comprá-los significa que você poderá reaver uma parte dessa quantia futuramente, na hora de passá-los adiante quando quiser ou precisar. Falando no português claro, do ponto de vista financeiro, o ID.4 não vale a pena e a marca já deveria comercializá-lo. Se, por outro lado, a ideia de uma assinatura não lhe parece ruim, você terá um excelente veículo para usar no dia-a-dia. Nota: 3
Avaliação final: 81/100
O ID.4 traz todas as qualidades que já conhecemos de outros modelos da Volkswagen e as aplica em uma embalagem futurista, eletrificada e conectada. A digitalização excessiva e a falta de atenção a determinadas questões de software incomodam, entretanto, não chegam a tirar o brilho do SUV elétrico que entrega uma condução altamente prazerosa. O que realmente acaba com suas chances de sucesso é a estratégia de negócios que não permite a compra, apenas a assinatura.
Como Paula Toller e Herbert Vianna dizem na música "Nada Por Mim": não vá pensando que eu sou seu. A montadora trouxe dois de seus elétricos (o outro é o ID. Buzz) ao público brasileiro apenas para serem apreciados e não possuídos. Enquanto isso, outras marcas que sequer tem o mesmo tempo e expressão de mercado já expandem suas vendas e operações em território nacional. Estaria a Volkswagen sendo exageradamente cautelosa para esperar o mercado se estabilizar?
O fato é que o motivo, no final das contas, não importa. Por mais que você se interesse pelo ID.4 nesse momento, não poderá adquirir um. As centenas de milhares de reais que gastaria com a assinatura podem ir na aquisição de um outro veículo, assim você terá uma moeda de troca para quando precisar. Entretanto, a gente sabe que há gosto para tudo e, como já dissemos acima, se o conceito da assinatura lhe agrada ou atende, vá em frente. O ID.4 é um companheiro muito, muito bom de trânsito.
Lá fora, o ID.4 conta com outras opções de rodas e os detalhes que emolduram a parte superior das portas podem vir em preto. |
Ficha técnica
Motor: um motor elétrico no eixo traseiro
Potência máxima: 204cv
Torque máximo: 31,6kgfm
Potência máxima: 204cv
Torque máximo: 31,6kgfm
Bateria: 77kWh
Autonomia: 370km (PBEV/Inmetro) / 520km (WLTP)
Autonomia: 370km (PBEV/Inmetro) / 520km (WLTP)
Tração: traseira
Suspensão: independente nas quatro rodas
Freios: discos ventilados na dianteira, tambores na traseira
Direção: elétrica
Pneus: 235/45 R21 (dianteira) / 255/40 R21 (traseira)
Pneus: 235/45 R21 (dianteira) / 255/40 R21 (traseira)
Comprimento: 4,58m
Largura: 1,85m
Entre-eixos: 2,76m
Altura: 1,61m
Largura: 1,85m
Entre-eixos: 2,76m
Altura: 1,61m
Peso: 2.150kg
Porta-malas: 543l
Porta-malas: 543l
0 a 100km/h: 8,4 segundos
Velocidade máxima: 160km/h (limitada eletronicamente)
Fotos (clique para ampliar):