quinta-feira, 25 de julho de 2024

2023 Volkswagen ID.4 Pro Performance EV; não vá pensando que eu sou seu

Primeiro elétrico da Volkswagen no país esbanja qualidades e prazer de dirigir, mas deveria ser comercializado tradicionalmente.

Texto e fotos por Yuri Ravitz
Modelo cedido por Volkswagen do Brasil

Nossa unidade testada veio na cor Azul Dusk. O Cinza Moonstone é a única opção além do azul.

Os carros no Brasil são caros não apenas pela compra, mas pelo custo de propriedade deles. Paga-se alto para adquirir e para usar, contudo, sempre existe a possibilidade de vendê-los posteriormente para "repor" uma parte dessa grana investida no bem. O que dizer de um modelo que o fabricante oferece unicamente por assinatura, sem nem ao menos dar uma mísera opção de compra ao término do contrato?

É essa a situação da Volkswagen do Brasil com o ID.4 (i-dê-quatro ou ai-di-fór, como quiser chamar), seu primeiro veículo 100% elétrico para os consumidores tupiniquins. Lançado há cerca de um ano por aqui, é oferecido somente pelo plano Sign&Drive e a mensalidade começava em R$9.990, caindo para os R$6.990 do plano mais barato hoje em dia. Avaliamos a novidade por uma semana e mais de 750km.

Embora seja um SUV médio, ID.4 lembra uma perua estilo shooting brake.

Atrasado e defasado, mas interessante

O ID.4 levou três longos anos para chegar ao Brasil. Apresentado pela primeira vez em 2020, muito de seu design vem do conceito ID. Crozz e, mesmo sendo um veículo de produção, o estilo geral remete a carros-conceito saídos de algum filme de ficção científica. Suas linhas são bem diferentes dos demais Volkswagen à venda no nosso país, o que reforça o ar de novidade e de algo futurista.

Ele foi o segundo produto 100% elétrico da Volkswagen no mercado global, chegando depois do hatchback ID.3. Embora seja lançamento por aqui, a verdade é que o "nosso" ID.4 já está um tanto defasado lá fora: na Alemanha, que é de onde ele chega para nós, as versões comuns do SUV elétrico já contam com um motor atualizado, bem mais forte, além de uma central multimídia mais moderna.

Debaixo do capô, apenas acessórios. O motor mesmo fica no eixo traseiro.

Agrados sem exaltações

O ID.4 que é disponibilizado no Brasil traz um motor traseiro capaz de gerar até 204cv e 31,6kgfm, alimentado por uma bateria de 77kWh usáveis que garante um 0 a 100km/h em 8,4 segundos e até 370km de autonomia segundo o PBEV/Inmetro, mas que passa dos 500km pelo ciclo WLTP. Lá fora, o SUV elétrico já na linha 2024 adotou um motor mais forte que entrega até 286cv e 55,5kgfm, reduzindo o tempo de 0 a 100km/h para 6,7 segundos; já a bateria é a mesma. No nosso uso, calculamos entre 4,5 a 5,3km gastos por porcentagem da bateria de acordo com a condução, se mais agressiva ou mais calma.

Há ainda uma versão esportiva chamada GTX, dotada de motores em ambos os eixos e tração integral permanente, em um conjunto que despeja até 340cv e 69,2kgfm para ir de 0 a 100km/h em 5,4 segundos, porém, ela deverá passar longe do Brasil. Por hora, a Volkswagen do Brasil não diz absolutamente nada sobre uma possível comercialização do ID.4, portanto, o conjunto atual seguirá em oferta. Na prática, ele não deixa a desejar no uso diário mesmo na estrada, entretanto, é evidente que não tem a mesma "animação" dos rivais mais modernos como o Volvo EX30 e o Renault Megane E-Tech, ambos já avaliados por nós.

Detalhes em branco na cabine só vêm com a carroceria em Azul Dusk. No Cinza Moonstone, tais peças são em preto. 

No mínimo, o máximo

Disponível em uma única versão de acabamento, chamada Pro Performance, o ID.4 chega ao Brasil com pacote fechado de equipamentos, repleto de itens que são opcionais lá fora. Há recursos como: bancos dianteiros elétricos com memória, aquecimento e massagem lombar, faróis adaptativos e direcionais (acompanham o movimento do volante), ar condicionado digital de três zonas, teto panorâmico fixo com cortina, painel de instrumentos 100% digital com tela de 5,3 polegadas, sensores de estacionamento e câmeras em 360º, porta-malas com abertura elétrica e por sensor no para-choque, entre muitos outros.

O conjunto de assistências semiautônomas do IQ.Drive está presente e engloba: piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa, frenagem autônoma de emergência, assistente de saída de vaga e de conversão transversal, monitoramento de pontos cegos, Travel/Front/Park Assist e detector de fadiga do motorista. Por fim, os faróis IQ.Light estão presentes com a tecnologia Matrix, capaz de seccionar o feixe de luz alta dos carros adiante enquanto mantém a iluminação em todo o restante do caminho, fazendo par com as lanternas em efeito 3D.

Bancos dianteiros são completos: há apoio de braço ajustável e individual, aquecimento, ajustes elétricos, duas memórias, massagem e extensor para as pernas.

Bom demais para ser seu

Rodamos pouco mais de 750km ao longo da semana com o ID.4 e consideramos isso um evento deveras marcante porque, assim como o Fiat 500e que avaliamos há uns meses, o SUV elétrico da Volkswagen é figura raríssima pelas ruas brasileiras. O primeiro contato presencial agrada pela beleza do azul escolhido pela marca e das enormes rodas de 21 polegadas com acabamento diamantado que dão um ar de esportividade - são poucos os carros à venda no país que trazem aros tão grandes ou até maiores. O acabamento interno, inclusive, varia de acordo com a cor externa.

O que causa certa estranheza é o porte do modelo que parece enorme nas fotos, mas se mostra relativamente baixinho ao vivo; é apenas 2cm mais alto do que um T-Cross, porém, é bem mais comprido e acaba parecendo uma espécie de perua aos moldes de um shooting brake. Chama muita atenção e isso se deve tanto pelo fato de ser uma visão rara quanto por elementos como a dianteira toda interligada por LEDs e as lanternas no mesmo estilo, dotadas de placas de iluminação por elemento de superfície, um recurso inédito que estreou justamente no ID.4.

A tecnologia, desenvolvida pela canadense Magna, foi pensada para dar o mesmo efeito visual dos OLEDs a um preço bem mais acessível. Enquanto os LEDs tradicionais são pontos de luz, o sistema de iluminação por elemento de superfície (do inglês Surface Element Lighting) traz placas de 4mm de espessura que distribuem a luz dos LEDs por toda a superfície, resultando em um efeito uniforme exatamente como nos painéis de OLED. No ID.4, essas lanternas acompanham os faróis IQ.Light Matrix e executam animações luminosas que podem ser configuradas pelo multimídia.

No detalhe, as placas do sistema de iluminação por elemento de superfície.

A chave do ID.4 é bem diferente da peça que a Volkswagen usa há anos em seus carros e é totalmente presencial. Ao se aproximar do veículo, as luzes externas se acendem e os faróis fazem uma varredura do sistema direcional com os projetores "dançando", confirmando que está tudo operante e pronto para o uso; as lanternas, por sua vez, podem fazer duas animações diferentes ou apenas acender, mas todas essas ações podem ser configuradas pelo multimídia; se você quiser que o carro não faça absolutamente nada, é só escolher na central.

As maçanetas se iluminam à noite e contam com botões/sensores para abertura e fechamento. Ao abrir as portas dianteiras, os assentos se recolhem para facilitar a entrada e retomam a posição deixada ao fechar o carro. Já a partida é bem simples: basta pisar no freio e mover o seletor giratório de câmbio à direita do painel de instrumentos para D ou R, ou utilizar o botão na coluna de direção - o ícone READY se acende em verde próximo ao velocímetro e ali continua até o veículo ser desligado. É o mesmo método que a Volvo utiliza em seus carros.

Tela de instrumentos é pequena e configurável: pode exibir GPS e dados sobre a condução atual, além do velocímetro e demais infos relevantes.

A qualidade da experiência de direção do ID.4 é, sem sombra de dúvidas, seu maior trunfo. O SUV elétrico parece menor e mais leve do que as dimensões sugerem, se movimentando com muita fluidez e agilidade em conjunto com uma direção precisa e uma suspensão adaptativa que pode ser configurada na central multimídia; um seletor horizontal com vários níveis vai do Comfort ao Sport. No Comfort, o ID.4 ajusta os amortecedores para oferecer conforto e os obstáculos da pista são absorvidos quase que totalmente, enquanto o Sport deixa o conjunto todo mais rígido, trocando o conforto pela performance e reduzindo drasticamente a inclinação da carroceria em curvas, ficando quase que nula.

Além disso, ele demonstra sinais de inteligência em diversos recursos. O ar condicionado, por exemplo, só ativa a ventilação e as outras zonas de temperatura se detectar ocupantes nos demais assentos; se o motorista estiver sozinho, o ar funciona somente para ele. Durante a condução, o SUV monitora a presença de outros veículos na pista para auxiliar na redução da velocidade e, quando não está em uso, você pode programá-lo para pré-refrigerar a cabine antes de utilizá-lo, acionando o ar condicionado conforme detecta a proximidade da chave presencial. À noite, a cabine ganha um toque especial com a iluminação ambiente customizável e os faróis direcionais com função Matrix fazem a diferença.

Interior traz porções em "marrom Florence" contrastando com cinza escuro. Assoalho traseiro é plano.

Os bancos são muito bons e contam com apoios de braço ajustáveis na dianteira, além de um console central que traz porta-copos duplo e duas divisórias que podem ser trocados como você quiser, modulando o espaço para acomodar quase qualquer coisa. Estão presentes as sempre bem-vindas alças de teto que a Volkswagen inexplicavelmente aboliu de seus carros nacionais e o teto panorâmico possui cortina retrátil, podendo ser acionada por um comando touch no console de teto (assim como as luzes de cortesia) ou pela central multimídia.

Mas é claro que, embora seja muito bom, o ID.4 também tem seus defeitos e nem estamos falando do modelo de negócio em si. O carro disponibilizado para o mercado brasileiro, além de não ter português do Brasil (apenas o de Portugal), não possui algumas funcionalidades e apresenta certas mensagens de erro constantes no multimídia: o uso do veículo não é afetado, porém, a presença delas incomoda e deixa a sensação de que estamos esquecendo alguma coisa. A impressão é que a Volkswagen não se preocupou muito com o software de um produto que não pretende vender.

Faróis em Matrix LED também equipam Polo GTS, Tiguan R-Line e ID. Buzz.

Avaliação geral

Design: o ID.4 é inegavelmente chamativo e futurista, combinando diferentes elementos que dão um ar de exótico. Vira cabeças por onde passa e faz os passantes das ruas ficarem se perguntando que modelo é esse, porém, o conjunto cru é um pouco inusitado além do ponto - as grandes rodas aro 21 diamantadas e o belo tom de azul da carroceria ajudam a deixar o conjunto bonito, entretanto, ele perde boa parte da graça nas versões de entrada que existem lá fora, deixando claro que fica melhor quando está "arrumadinho". Em suma, ele não chega a ser feio, todavia, não tem a mesma harmonia de alguns concorrentes. Nota: 7

Interior: a cabine do ID.4 busca trazer algo futurista disposto de uma forma tradicional. Alguns elétricos abrem mão do cluster de instrumentos por completo enquanto outros o trazem quase que da mesma forma que os carros convencionais; o ID.4 tem os mostradores, mas em uma tela diminuta que apresenta somente o essencial. O acabamento geral é muito bom e mesmo as superfícies plásticas são de qualidade, entretanto, as portas traseiras são um pouco menos caprichadas sem a parte superior toda macia ao toque e as guias da iluminação ambiente configurável. O que também desagrada é o excesso de digitalização: quase tudo é por comandos touch ao invés de botões físicos, inclusive no volante. Nota: 8

Mecânica: o motor traseiro de 204cv e 31,6kgfm, apesar de defasado, parece até ser mais poderoso pela forma como leva o ID.4 quando é requisitado. Há suspensão independente nas quatro rodas e freios a tambor na traseira, uma tendência que está voltando com força entre carros elétricos porque, segundo os desenvolvedores, apresentam menos resistência de rodagem sem comprometer a eficiência da frenagem quando necessário, o que já foi comprovado em testes práticos onde o ID.4 freou igual ou melhor do que modelos do mesmo segmento com discos nas quatro rodas. Não há como argumentar contra fatos, contudo, tiraremos pontos pelo conjunto estar desatualizado. Nota: 8

Tecnologia: o ID.4 chega ao Brasil com uma lista de itens digna do segmento premium, oferecendo tudo e mais um pouco. Simplesmente não há comparação com outros modelos que seriam de sua faixa de preço e proposta. Nota: 10

Conveniência: a chave presencial conta com abertura e fechamento remoto de janelas, além de possibilitar funções inteligentes que se ativam no carro mediante a proximidade dela. Os quebra-sóis trazem espelho e iluminação, enquanto os retrovisores externos podem ser rebatidos eletricamente e ainda contam com desembaçadores. Há apoios de braço para todos os ocupantes e suporte a comandos de voz para realizar tarefas, embora eles não funcionem plenamente por não estarem no nosso idioma. A presença do carregador doméstico/portátil de série ajuda muito no uso diário, mas o que não ajuda é o fato de haver apenas dois botões na porta do motorista para operar os vidros; quando você, condutor, quiser acionar os vidros traseiros, precisa tocar a seção escrito REAR para ativar a operação deles. Nota: 8

Acomodações: os bancos da frente são dignos de primeira classe, pois trazem aquecimento, apoios de braço individuais e ajustáveis em altura, extensor para as pernas, duas memórias para cada um (sim, até para o do passageiro) e massagem lombar. Há luzes de cortesia para todos, alças de teto, quatro portas USB tipo C e a raríssima terceira zona de temperatura do ar condicionado para os ocupantes traseiros. O vidro do teto panorâmico, apesar de fornecer proteção contra raios UV e o calor do sol, pode ser bloqueado por uma cortina retrátil, algo que muitos elétricos aboliram de seus projetos para a infelicidade de vários clientes. Nota: 10

Funcionalidades: existem algumas pequenas falhas de software que parecem ser puro desleixo da marca - nenhuma delas é séria, mas incomodam um bocado. De vez em quando, a função Matrix dos faróis altos demora a reconhecer os carros adiante e a seccionar o feixe de luz, algo que não aconteceu no Polo GTS, por exemplo. Nem sempre o banco do condutor retorna para a posição deixada após o recolhimento do "acesso conforto", nos obrigando a reajustar ou escolher nosso ajuste em uma das memórias. Fora isso, nenhum dos recursos essenciais para o funcionamento do veículo apresentou falhas e não tivemos problemas ao usá-lo pelas ruas em momento algum. Nota: 8

Desempenho: a condução do ID.4 é, sem exageros, maravilhosa. A suspensão adaptativa é uma característica raríssima e muito bem-vinda por permitir escolher entre conforto e esportividade a qualquer momento que você quiser e na graduação que achar melhor, enquanto o desempenho é bastante satisfatório mesmo com o carro cheio. Não espere perder o fôlego, mas vá para a estrada sabendo que não ficará na mão quando precisar e, quem sabe, até consiga se divertir um bocado; ainda assim, ele deveria receber o novo motor da versão estrangeira para fazer jus ao nome "Pro Performance". Nota: 9

Segurança: o ID.4 foi testado pelo Euro NCAP em 2021 e recebeu as desejadas cinco estrelas da pontuação máxima. Além de dispor de inúmeros recursos de segurança passiva e ativa, o NCAP europeu testou vários desses sistemas e todos receberam avaliação positiva, além da qualidade estrutural ter sido confirmada pela proteção dos dummies (bonecos de teste) que não tiveram nenhuma região do corpo com classificação abaixo de "adequada", a segunda melhor. Nota: 10

Custo X Benefício: é chegado o tópico mais polêmico do ID.4 brasileiro até agora. Atualmente, a Volkswagen o oferece somente por assinatura e pelo período único de 24 meses (dois anos) com três franquias: 1.500km por mês a R$6.990, 2.000km/mês a R$8.490 ou 2.500km/mês a R$8.890. Na prática, ao final de dois anos, você terá gasto de R$167.760 a R$213.360 para usar o SUV elétrico, sendo que não poderá comprá-lo ao final, ou seja: nunca mais verá esse dinheiro. Já é possível adquirir modelos 100% elétricos por esses valores e, apesar de nenhum deles entregar o mesmo nível de tecnologia embarcada, espaço ou conforto do ID.4, a simples possibilidade de comprá-los significa que você poderá reaver uma parte dessa quantia futuramente, na hora de passá-los adiante quando quiser ou precisar. Falando no português claro, do ponto de vista financeiro, o ID.4 não vale a pena e a marca já deveria comercializá-lo. Se, por outro lado, a ideia de uma assinatura não lhe parece ruim, você terá um excelente veículo para usar no dia-a-dia. Nota: 3

Avaliação final: 81/100

Lanternas também são totalmente em LEDs.

Considerações finais

O ID.4 traz todas as qualidades que já conhecemos de outros modelos da Volkswagen e as aplica em uma embalagem futurista, eletrificada e conectada. A digitalização excessiva e a falta de atenção a determinadas questões de software incomodam, entretanto, não chegam a tirar o brilho do SUV elétrico que entrega uma condução altamente prazerosa. O que realmente acaba com suas chances de sucesso é a estratégia de negócios que não permite a compra, apenas a assinatura.

Como Paula Toller e Herbert Vianna dizem na música "Nada Por Mim": não vá pensando que eu sou seu. A montadora trouxe dois de seus elétricos (o outro é o ID. Buzz) ao público brasileiro apenas para serem apreciados e não possuídos. Enquanto isso, outras marcas que sequer tem o mesmo tempo e expressão de mercado já expandem suas vendas e operações em território nacional. Estaria a Volkswagen sendo exageradamente cautelosa para esperar o mercado se estabilizar?

O fato é que o motivo, no final das contas, não importa. Por mais que você se interesse pelo ID.4 nesse momento, não poderá adquirir um. As centenas de milhares de reais que gastaria com a assinatura podem ir na aquisição de um outro veículo, assim você terá uma moeda de troca para quando precisar. Entretanto, a gente sabe que há gosto para tudo e, como já dissemos acima, se o conceito da assinatura lhe agrada ou atende, vá em frente. O ID.4 é um companheiro muito, muito bom de trânsito.

Lá fora, o ID.4 conta com outras opções de rodas e os detalhes que emolduram a parte superior das portas podem vir em preto.

Ficha técnica

Motor: um motor elétrico no eixo traseiro
Potência máxima: 204cv
Torque máximo: 31,6kgfm
Bateria: 77kWh
Autonomia: 370km (PBEV/Inmetro) / 520km (WLTP)
Tração: traseira
Suspensão: independente nas quatro rodas
Freios: discos ventilados na dianteira, tambores na traseira
Direção: elétrica
Pneus: 235/45 R21 (dianteira) / 255/40 R21 (traseira)
Comprimento: 4,58m
Largura: 1,85m
Entre-eixos: 2,76m
Altura: 1,61m
Peso: 2.150kg
Porta-malas: 543l

0 a 100km/h: 8,4 segundos
Velocidade máxima: 160km/h (limitada eletronicamente)


Fotos (clique para ampliar):